Revista Mix

A declaração de Zuckerberg e o choro da imprensa

Perder a hegemonia da informação tem custado caro para a imprensa, não somente no campo da credibilidade, como também financeiro, ético, moral e político.

A expressão “A imprensa é muito séria, se você pagar, eles até publicam a verdade” nunca fez tanto sentido como agora. Desde que a Meta (Facebook de Mark Zuckerberg), de forma surpreendente, deu uma guinada à direita, alinhando-se, à primeira vista ao Elon Musk e ao posicionamento do novo governo dos EUA, a imprensa não consegue conter o choro aberto. Por outro lado, muito tem se discutido os motivos que levaram Zuckerberg a tomar esta decisão que, embora seja a favor da liberdade de expressão, não se pode descartar a participação do Facebook na censura mundial junto a imprensa, o que se agravou na pandemia, censurando não só o debate sobre o tratamento precoce, como também muitos médicos que defendiam o tratamento, sob a ótica enviesada dos seus checadores de fatos.

Nascida oficialmente em 08 de setembro de 1808, a imprensa reinou absoluto em quase por completo dois séculos, contudo a ascensão das redes sociais no mundo, aqui no Brasil por volta do ano 2000, começou a mudar o cenário de como a informação chegava ao cidadão mais simples. Além de a informação trilhar outros caminhos, antes exclusividade da imprensa tradicional, a informação passava também agora pelo filtro de vozes desconhecidas, aquela tia do zap que resolveu gravar um vídeo, dando uma opinião sobre determinado assunto. Vozes até então desconhecidas, mas que agora ganhava destaque com a ascensão da internet, como a Bárbara do “Te atualizei”.

O reinado da imprensa começou a ruir de fato em 2011 quando surgiram os primeiros grupos dissonantes contra as enviesadas matérias jornalistas que estavam com um problema sério para convencer sobre uma realidade que o cidadão já não conseguia enxergar e questionava. E esses grupos estrategicamente eram tachados de extremistas pelos jornalistas que tentavam descredibilizar a opinião pública sobre inúmeras situações, muitas políticas, se não pelo viés ideológico pelo viés financeiro e ideológico.

 Perder a hegemonia da informação tem custado caro para a imprensa, não somente no campo da credibilidade, como também financeiro, ético, moral e político. Cada vez mais distantes dos anseios do povo, a imprensa cuja liberdade de expressão dever-lhe-ia ser uma causa pétrea, abandona de vez a verdade para coadunar com as ideias dos governos cada vez mais autoritários. E esse esforço gigantesco para preservar um território que cada dia diminui exponencialmente, faz da imprensa uma vítima de si mesma, pois ao não assumir a culpa pela conjuntura dos próprios erros, escava ainda mais o túnel escuro para qual se projeta diariamente.

               A última cartada da imprensa foi quando Donald Trump ao dizer que a mídia convencional criava “Fake News”, logo tratou de criar a narrativa de que as “Fake News” eram criadas nas redes sociais. A pressão de governos e da própria imprensa, forçaram as redes se adequarem, o que produziu a censura ideológica através dos novos donos da “verdade”, os “checadores de fatos” marxistas, pois qualquer voz que não estivesse alinhado as diretrizes, que até hoje ninguém sabe direito quais eram, era silenciadas por eles.

               Os “checadores de fatos” agora detinham a “essência da verdade”, a verdade dos regimes ditatoriais comunistas, quem não se alinhasse ao discurso, ou era fascista ou extremista, negacionista, nazista e por aí vai. Os checadores, boa parte jornalistas, censuraram até médicos que falavam sobre o tratamento na rede, ou questionando o isolamento, não era possível questionar os métodos usados pela dita “ciência”, sem ser tachado de propagador de fake News. E assim grande parte da população pulou a primeira fase do tratamento precoce para a última, intubação, cuja morte alcançou 80% dos intubados por covid-19 no Brasil. Mesmo com vários estudos provando a porcentagem da eficácia do tratamento precoce contra o vírus, ainda hoje é possível encontrar notícias que negam a informação para o povo.

               Na prática Mark Zuckerberg não acabará com a checagem, o Facebook apenas assumirá a mesma forma com que o X, antigo Twiiter, está fazendo agora. As notas de comunidades não ficarão exclusivamente nas mãos de poucos alienados marxistas, no novo modelo são os próprios usuários que escrevem as observações para identificar e sinalizar conteúdos problemáticos. Para se ter um exemplo, o próprio perfil da Globo News no Twitter recebeu uma nota da comunidade aos transmitir notícias falsas sobre as notas da comunidade.

               A choradeira tanto da imprensa quanto do governo apenas revela o estado autoritário, os quais se encontram o Brasil e muitos países da Europa cuja áurea anterior passava uma luta para salvar a democracia, mas que hoje se revela muito mais preocupante quando os próprios governos, imprensa e jornalistas deixaram de apoiar a liberdade de expressão para lutarem pela própria sobrevivência. Que o diga Daniela Lima, a mascote do Lula declara abertamente e com um sorriso radiante o desejo de uma “censura nas redes”.

Quem poderia imaginar, povo dizer o que pensa, ser um problema para regimes autoritários “defensores” da democracia? Quem poderia imaginar a imprensa jogar a essência da imparcialidade sob o condão da liberdade no lixo e lutar sob a voz animada de um jornalista pela censura? Tempos estranhos estes, os quais tais ações nunca acontecem sem o abandono da ética e dos princípios que norteiam qualquer profissão. No final o que sobra não é sobre democracia, pluralidade de ideias e a verdade dos fatos, é sobre poder e dinheiro.

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