Revista Mix

Esquerda, cárcere ideológico

Fantasia, vitimismo e insurgência

Parte II

 As ações físicas sempre são o terceiro ato, a concretização, a materialização de um efeito de uma causa anterior. A causa anterior, o segundo ato, são as ideias que vagam no vasto, complexo e fértil campo da mente humana. Tão complexo que, embora distinto do restante reino animal, o homem com tanto conhecimento e inteligência após sair da caverna de Sócrates, não conseguiu alcançar a bondade necessária para acabar com as guerras, a fome e a desigualdade do mundo. No primeiro ato, os geradores de energia, alinharam o homem à sensação de poder em busca de um mundo utópico, potencializaram seu egoísmo e alimentaram a sua ganância, impulsionaram-no justamente ao efeito contrário, a ascensão do mal que jurara outrora combater.

 A pergunta sempre está recheada de questionamentos e respostas inconclusivos, “Por que muitos homens em busca de um ideal, como o da igualdade para todos, acabaram desaguando suas ações em guerra e caos? A contradição abismal entre o ideal teórico e a ação pérfida está no complexo processo mental, o objeto de desejo e o caminho traçado para alcançá-lo. Para compreender esse fenômeno, precisamos focar em três pontos do Manifesto Comunista:

1) A busca por um mundo perfeito (fantasia): para o autor, as pessoas carregam as condições necessárias para transformarem o Estado em um pai provedor, onisciente, onipresente e onipotente para suprir-lhes as necessidades.

2) opressor e oprimido (vitimismo): conceito oficialmente lançado em 1848, em plena Revolução Industrial, para fazer críticas ferrenhas contra a exploração desumana dos funcionários pela burguesia detentora dos meios de produção, a burguesia que é classificada hoje como classe média;

3) a derrubada violenta da ordem social (luta): a mensagem está no último parágrafo do Manifesto de Marx. Para o autor, o nascimento de uma nova sociedade igualitária só deveria ocorrer quando todos os pilares da sociedade anterior fossem derrubados. Até não sobrar um tijolo de pé.

            Então nós temos um conceito dividido por três pilares, ideias centrais que para se manterem vivas e latentes, precisam de geradores de energias para alimentá-las. Podemos classificar esses geradores da seguinte forma às respectivas ideias:

  a) À fantasia (utopia) coloca-se a esperança;

b) Ao vitimismo coloca-se o estado defensivo permanente;

c) À luta coloca-se o desejo permanente de insurgência.

Os geradores de energia alimentam as ideias para externá-las em ações. No meu livro “Filhos da perversão” (Clique no título para baixar o PDF) classifico os geradores de energia como “potências” da vontade que a direcionam, seguindo a analogia de Nietzche que traz a busca do homem por poder “vontade de potência”. Desta forma para a vontade ser externada em ações, é necessário haver um gerador de energia suficiente para alimentar a vontade: a potência da vontade. No caso acima a potência que alimenta a fantasia de um mundo utópico é a esperança. Esse é o mesmo processo que ocorre no cristianismo, com severas diferenças nos ideais, detalhes distintos entre objetivo final e caminhos percorridos que veremos numa matéria sobre as diferenças profundamente psicológicas entre cristianismo e socialismo. Mas caso queira se aprofundar no assunto, sugiro ler meu livro, clicando no título acima e baixando em PDF.

1) Condições necessárias para a concretização da “fantasia”: segundo a concepção criada por Marx, para a realização da fantasia de um mundo utópico se concretizar, antes é preciso alimentar a esperança do indivíduo de tal forma, ao ponto de ele ter a certeza incontestável de que o Estado alcançará esse mundo igualitário. Assim o Estado provedor tem caminho livre para “realizar” essa fantasia, ainda que na base da força, muitas vezes violenta. Por isso vemos militantes defenderem a regulação das redes sociais, defenderem estatização da propriedade privada, sujeitarem-se à imposição do isolamento, sem questionarem. 

2) Processo de vitimização mediante o opressor: ao mesmo tempo que o indivíduo é condicionado a criar uma fantasia de que será encaminhado indubitavelmente pelo Estado para um mundo utópico, também é condicionado a alimentar um estado permanente de vitimismo sob a condição de oprimido pelo desumano sistema opressor capitalista, burguês (classe média), branco e conservador. Dessa forma tudo que representa esse suposto sistema desumano e opressor, é um inimigo potencialmente perigoso.  

3) Derrubada violenta da ordem social e insurgência: é o terceiro ato, a concretização de todo um trabalho de indução ao inconsciente humano. Tem-se o indivíduo perfeito para a revolução: através da fantasia, ele tem a certeza de que será encaminhado pelo Estado ao mundo utópico igualitário. Ele não suporta mais viver a constante opressão do sistema, precisa urgentemente mudar o status quo desta conjuntura insuportável. Para tanto, Marx propõe a derrubada violenta da ordem social, isto é, derrubar todos os pilares que compõem o sistema opressor, até não sobrar um tijolo sequer de pé. Isto inclui também os pilares éticos e morais que são à base do cristianismo. Para eles o cristianismo representa burguesia, burguesia representa capitalismo, capitalismo representa propriedade privada, propriedade privada representa família tradicional. Nesta fase é preciso compreender que a ruína de uma nação, é a soma das ruínas internas de cada indivíduo, porque a destruição começa em primeiro plano, por dentro, depois é externada para ações físicas.

A gana de Marx para extirpar o cristianismo somou-se a outros entusiastas, como Antônio Gramsci que personificou a ideia de revolução. Enquanto Marx explanava a revolução física, tomada dos meios de produção e do poder, Gramsci trabalhou para deixar seu maior e mais nefasto legado “Cadernos do Cárcere”, cujo tema central é a revolução dentro da mente humana, subverter toda a percepção do indivíduo sobre si mesmo e a realidade ao redor até que esteja pronto para de fato, subverter a ordem social. Este conceito de subversão está bem explícito no título do livro de Judth Bluter “Problemas de gênero: Feminismo e subversão da identidade”, lançado em 2003 pela editora Civilização Brasileira. O próprio nome já diz “problemas de gênero” e “subversão da identidade”: versão e subversão; ordem e desordem.

A ideia de subversão de identidade é bem aceita e difundida pelos meios acadêmicos, depois é disseminada no meio da massa social através de filmes, séries, livros, artigos, sob o verniz de combater preconceitos, defender minorias e praticar a tolerância à liberdade incondicional. Deste modo, uma avalanche de matérias surgem defendendo essa tese, dominam setores importantes da sociedade; as universidades, a imprensa, a cultura em detrimento da qualidade das disciplinas Brasil ficou entre os últimos no relatório do PISA (Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes).

A lista de pautas subversivas contra a ordem social é grande sob a velha embalagem da busca pela igualdade, a luta pela liberdade em defesa da minoria. Fracionando a nação em vários grupos identitários, colocando-os uns contra os outros, na eterna batalha do opressor e do oprimido.

  1. O enfraquecimento de valores morais e éticos;
  2. Bandido é vítima do sociedade opressora burguesa capitalista;
  3. Policial é criminoso e opressor do sistema;
  4. A mentira é institucionalizada;
  5. A destruição dos padrões morais e do núcleo familiar;
  6. Inserindo a ideia de disputa eterna do homem opressor e da mulher oprimida (feminismo).
  7. Ideologia de gênero na embalagem de promoção à igualdade.
  8. Emasculando homens e masculinizando as mulheres.
  9. Tirando o valor da vida com o aborto, sob a embalagem de defender a vida da mulher.
  10. Tirando as consequências de quem pratica crime, sob o falso padrão do vitimismo.
  11. Tirando a responsabilidade da jovem de se prevenir contra gravidez indesejada para incitá-la a matar a criança (aborto);
  12. Confundindo a cabeça dos jovens entre liberdade responsável e libertinagem.
  13. Diminuindo a qualidade da educação; Afrouxando leis e facilitando a vida de bandidos e criminosos;
  14. Representantes do povo sem valores e princípios, que mentem pelo poder e são simpatizantes de criminosos; corruptos e gananciosos.
  15. Escravidão de um povo através da liberação das drogas.

A lei do retorno é clara, se você enfraquece a ética e a moral das famílias e consequentemente enfraquece o núcleo familiar, que tipo de geração espera-se para o futuro de uma nação? Filhos que se tornarão homens éticos e responsáveis, ou homens corruptos que manipularão a lei ao próprio prazer da corrupção que lhes impregna a alma?

Juíza oferece café e casaco para o traficante – Revista Oeste

Karl Marx ao promover a subversão, não luta pela igualdade, ou qualquer pretensão de ideia que deseja passar para um mundo igualitário, mas pelo caos. “Não se pode sonhar com igualdade e promover a derrubada dos pilares que poderiam promove-la”, porque sem ética e sem princípios homens corruptos não trabalham pelo povo, antes vivem para enganá-los com mentiras e se locupletam do dinheiro público. A consequência de homens corruptos no poder é a destruição da economia, enfraquecimento da propriedade privada, enfraquecimento da segurança pública, promoção e liberação das drogas para manterem uma parte escravizada. E estímulo à corrupção afrouxando leis. E quando o tecido social da ordem se rompe para o caos, em casos como a Venezuela Narcoterrorista, e o caminho trilhado até pouco tempo pela Argentina, com inflação acima de 100% ao mês e aumento da miséria entre os argentinos, explodem a violência e propagação da fome. E para não correrem riscos de serem ameaçados e perderem o poder, os representantes inaptos mentem outra vez para o povo, jogam a culpa do caos aos críticos do governo, à polarização e desumaniza a oposição através de adjetivos pejorativos, como nazismo e fascismo. Perigosos são aqueles que lhes tecem críticas, não o sistema podre de governança que assumiram fazer.

Em live, com Genoíno, militante esquerdista fala em ‘destruir’ Michelle Bolsonaro

A subversão está inserida no inconsciente, compõe a essência de uma parte dos militantes da esquerda que trabalham pela desordem e poder. Outra parte pequena dos incautos, muitos cristãos desinformados, ainda votam neles. Se o militante descobre que o seu interlocutor é uma pessoa conservadora, logo liga a palavra “conservadora” ao fascismo, ao nazismo, a um iminente opressor, ou porque pessoas são privilegiadas pelo sistema também opressor. Por isso, muitas vezes sob um estado permanentemente defensivo, reações violentas contra ideias diferentes acontecem no automático. E desenvolvem um preconceito que dizem combater, pois para eles todos são potenciais inimigos extremamente perigosos e devem ser destruídos, como a militante esquerdista deixa explicito no vídeo, ao dizer que Michelle Bolsonaro deve ser destruída.

Em suma, são doutrinados a lutarem ferozmente por um objetivo inalcançável devido às limitações humanas. A falta de controle do egoísmo e da ganância alimentados pela derrubada violenta da ordem social (subversão) e em contato com o poder, ainda mais quando não nutrem os valores morais e éticos dentro de si que poderiam bloquear lhes o desejo de infringirem a lei e a ética, sem a observância de uma conduta ética e moral estão aptos à corrupção e por isso, ignoram completamente o caminho que devia ser trilhado para uma nação menos desigual e mais justa.

Comprar
Comprar
Comprar
Comprar
Comprar

Serviços Editoriais

Visite nossa livraria