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GOJUNOTO, UMA TRADIÇÃO MILENAR EM PEREIRA BARRETO

Gojunoto é um monumento situado na Praça da Bandeira “Comendador Jorge Tanaka” no centro da cidade de Pereira Barreto

Gojunoto é um monumento situado na Praça da Bandeira “Comendador Jorge Tanaka” no centro da cidade de Pereira Barreto/SP. Marco da colonização, a miniatura foi construído pelo senhor Risaburo Murai (colônia japonesa) em setembro de 1958, possui cinco níveis em seu telhado, que representam os elementos da natureza: terra, água, fogo, vento e ar.

Conhecida como Templo de Madeira, representa a hierarquia do Japão e era usado pelos chefes samurais (membros do governo japonês) para guardar joias e os livros sagrados. Adeptos da religião budistas costumavam guardar os trabalhos de arte tradicional.

O chafariz é composto por um gojunoto no centro, envolto por pedras ornamentais e peixes que jorram água pela boca. Conta também com a simbologia dos três macacos sábios e por três sapos na borda da piscina, observando eternamente o Gojunoto.

A miniatura em si já é magnífica e, assim como as construções originais, não deixa a desejar nos detalhes e cores. Além de contar com outros elementos simbólicos que remetem a própria história japonesa, é um convite à história da colonização nipônica em nossa cidade; um convite à reflexão de outros elementos que compõem á sua volta.

CURIOSIDADES DA CULTURA JAPONESA

Os três macacos sábios são uma máxima pictória japonesa, incorporam o princípio proverbial “não veja o mal, não ouça, não fale o mal”. Os três macacos são:

Miaru, que não vê o mal, cobrindo os olhos;
Kikazaru, que não ouve nenhum mal, tapando os ouvidos;
Iwazaru, que não fala mal, cobrindo a boca.

São várias as atribuições aos macacos e ao provérbio. Incluem associações com boa mente, fala e ação. A frase também é usada para referir àqueles que lidam com a impropriedade., fazendo vistas grossas.
Acredita-se que as esculturas no Santuário Tosho-gu, tenham incorporado o Código de Conduta de Confúcio. usando o macaco como uma forma de representar o ciclo de vida do homem.

Na Terra do Sol Nascente, a imagem dos sapos tem um significado muito respeitado e positivo. Em japonês a palavra “Kaeru” significa sapo/rã, homófona do verbo “voltar”, ou seja, segundo a crença, o retorno de boas energias, riqueza e felicidade.

Acredita-se que o ‘Kaeru’ garante proteção e estabilidade financeira, ao carregar consigo um talismã do pequeno anuro, pode ser de madeira, porcelana ou metal, todo o dinheiro gasto voltará.

De acordo com a tradição, a figura do sapo quando nomeada como guardiã de algo ou alguém, tem o poder de retornar tudo ao seu devido lugar de origem. O kaeru é tão estimado, que há até mesmo uma data em sua dedicação, 6 de junho.

O Kaeru também está extensamente associado à transformação, já que sofrem incríveis mutações para alcançar o destino em sua forma adulta. Assim como símbolo de fertilidade e abundância, uma vez que os sapos põem grandes quantidades de ovos.

Fontes: Prefeitura Municipal de Pereira Barreto; Wikipédia; caçadores de lendas; japanhousesp.

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